segunda-feira, 13 de julho de 2009

E o final... Você Decide

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Para uns "mania-feita", outros "cacoete", para mim uma forma de saída estratégica. O maldito ou bendito clichê, palavra francesa originalmente usada no século XIV "clicheut", para definir chavões. Pura balela, só foi mais uma mania-feita que uso pra enxer chouriça nos textos.

- Doutor, não consigo mais ouvir alguém falar um clichê, frase pronta que sinto um aperto no peito, fico deprimido e o coração dispara.
- Estou aqui para ajudar, agora me diga, você tem alergia a algum medicamento?
- Vá para o inferno!

Se você assiste produções americanas já deve esta farto de não só ver as manias como ouvir seu tio falar que já sabe o que vai acontecer agora.
I . Um homem não mostra dor quando é ferozmente espancado, mas queixa-se quando uma mulher lhe tenta limpar as feridas.
II . 70% dos homens negros são Denzel Washington, os outros 30% são Morgan Freeman. Ultimamente estes números têm sido alterados para Will Smith.
III . Barraca de limonada
IV . "Você está bem?" (putz!)

Dizem que em Salvador se tem a mania de reduzir as palavras. O bom-dia, tarde ou noite já virou "boa!" sem contar que se misturou com "eaí, beleza?", virou um clichê tão chulo que ninguém se dá ao luxo de responder.

- Boa, eaí Jorge beleza?
(pausa)
- Porra o Bahia tá foda!

Não vá me dizer que o programa Você Decide era surpreendente, o que era, é saber que o Tony Ramos ainda tem a mesma quantidade de cabelo hoje em dia.
Talvez esteja aí o problema. Nada me pega de calça-curta (argh!), e isso me incomoda.

- Me diga agora, quando começou a notar essa "perseguição" contra você?
- Doutor, não usei o termo perseguição, muito menos as aspas.
- Hum, ok ok!
- Não gosto do seu tom de voz doutor, pode falar, é grave?
- É stress.
- A pontada doutor, estou sentindo agora.
- Você está bem?

(barulho de telefone no consultório)
- Deise, traga o desfibrilador, o paciente teve uma parada cardíaca.

E nem tentem comentar, pois seus comentários serão: Lidos, respondidos e apagados!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

24 horas bastam...

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Elas tem um dia no calendário internacional, e nós? Dia das crianças não vale. 8 de março, não vamos falar "blablablá" de sempre, sobre o papel delas no mercado, que o sexo frágil somos nós homens, e no geral ganham menos. Ok, parei e não podia perder a deixa. Deixo que William Bonner fale sobre essa politicagem depois do "Boa Noite!".

Dia internacional da mulher.
Os outros 364 dias são nossos, e tenho dito...

Escrever sobre quem gostamos ou pra quem gostamos é uma briga constante com o backspace e a borracha, por mais que nos convencemos de que não da para melhorar, ficamos insatisfeitos, e só depois de enviar vemos que o acento era agudo e o ponto era vírgula, mas e daí?! Nessas horas o importante é o conteúdo. "aí que fofo!"

Elas adoram isso, quem não gosta de ler alguma coisa escrita sobre si? Falem bem ou mal, mas falem de mim.

E essa é a hora!
Para a gatinha, a professora "delícia", a estagiária do setor de comunicação ou sua chefe.
Escreva algo, se não sabe o que escrever mande flores, se não sabe quais, vá de chocolate, tá sem grana... hum... mata uma barata.

Malhamos, mudamos o cabelo, estufamos o peito na praia, trabalhamos, treinamos involuntariamente no espelho do banheiro "aquela olhada", usamos gel, ou um óculos escuro diferente, trabalhamos mais um pouco. Por mais que não admita, tudo isso é pra deixar a escolhida feliz.

Já disse e repito, muito difícil escrever sobre quem amamos. Dei voltas, e mais voltas e com certeza o backspace já tá apagado, e eu vou tentar melhorar o texto logo depois de enviar.

Tô até admitindo que depois de pensar no que fazemos só pra agradar vocês mulheres, o sexo frágil somos nós. E se não souber o que escrever, ou se não tiver grana seria uma honra matar uma barata para uma de vocês.

Feliz dia da Mulher.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Leia esse texto AGORA!

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Puxe, empurre, entre, aperte...

CHEGA!

Quem denominou alta patente a uma porta de vidro, caixa de lenços, ou Toddynho pra me dizer o que fazer?

Agite antes de beber!

Por todos os lugares. Verbos no imperativo, cheios de eufemismo em volta, tentando suavizar a situação. "2 folhas são suficientes para secar as mãos". E se eu quiser usar cinco? Isso é o mesmo que dizer: Ô imbecíl, não é pra gastar à toa, se quer fartura compre a Playboy da Pamela Anderson, ou da Claudia Ohana.

Portas transparentes com faixas, puxe e empurre, causam transtorno. Você sempre vai pra empurrá-las quando lê um puxe que causa uma paralisia temporária, um aperto de mente e claro um sorriso no canto de boca do Odair, o segurança que está do outro lado da porta.

Jardim, pré, alfa, primário, ginásio, ensino médio, cursinho, faculdade...
Sermões de diretores, apresentação de seminários...
20 anos da minha vida estudando, pra chegar um objeto inanimado e dizer o que tenho que fazer? Ok ok... Não Mesmo!

Baladas, namoros, quantos churrascos sem carne e só cerveja, aniversários remarcados para sábado eu passei, para apenas um 'ser' vir e "falar" que eu tenho que agitar antes de beber.
É sim, fico incomodado e venho aqui fazer meu protesto. E se não os obedecer?
Serei um vândalo? Todos me olhariam estranho? Minha cerveja esquentaria antes do primeiro gole? Teria um ataque de gagueira com a gatinha da festa?

Pago pra ver. Uma revolta armada está por vir. Posso ficar gago e sem cerveja. Mas enxugo minha mão numa toalha, e só viro cliente de bancos com portas rotatórias.

Mas fica um aviso ao Odair; Push significa empurre ok?!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Cavalo dado...

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Talvez a mais persuasiva arma da Publicidade. O que esse tal "ítem" contém de tão poderoso?
Não há quem resista, principalmente mães em supermercados.
Alguns dizem que se é de graça não presta mas...

Que atire a primeira pedra a mulher que não tem uma necessaire com a marca de algum absorvente escrito bem grande.

(Confesso, o telhado é de vidro. Então dou outro exemplo)

Quem nunca bebeu água na casa da tia Conceição num copo personalizado?

Ele, o "brinde", palavra que causa alvoroço principalmente em aniversário infantil, ou vá me dizer que você reconhece aquele guri na foto da festinha de 5 anos, que veste um macacão e tem cabelo encaracolado, com cara de choro do seu lado. Nunca jogou no seu time, mas estava firme ali só esperando a hora do brinde.

Enquanto uma agência gasta R$10.000,00 para fixação de marca, um político distribui acendedor de fogão e cai nas graças do povo com índice do Vox Popule (não conheço ninguém entrevistado por eles) com margem de 30 pontos sobre o segundo colocado.

É bem fácil, junte o que ninguém quer, faça cara promocional. É logístitca, basta pôr: "é de graça", "pague 1 leve 2" que haverá fila, e confusão entre os que não tem vergonha e querem pegar pela segunda vez, alegando que será para o irmão que está no hospital.

Camiseta PP, relógio do Seninha, porta moedas de 1 centavo. Tenha cuidado alguns deles são como isca. Mas e daí?! Até que enfim alguém te deu algo.

-Olha, olha Mãe, compra essa bicicleta e leva um amolador de facas.
-Corre lá e pede o cartão a seu pai.

Se disser que ao acabar de ler o texto você receberá uma senha e se ligar para o 0800 011 1406, ganhará um brinde. Voi là! Vai perder o que?! Com toda certeza, ligaria.

Admito que esse texto é um brinde.
Os três primeiros leitores que mandarem um email para setor.rh@marcolaa.com ganharão um filtro de barro.

Mas ainda assim acredite em sua mãe e não aceite nada de estranhos.

Aham, ok ok...

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

O Cartório da vida

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Escravo-calado, subordinado-quieto, empregado-silencioso. E se não chamasse criado-mudo?

Imagino como seria as coisas há muito tempo. Talvez os objetos não fossem tão humilhados assim.
Quando não se tinha esses nomes, talvez quando se pedisse um carregador, seria um cesto de frutas. Mas enfim, quem é que dá nome aos "bois"? Existe alguém responsável para intitular objetos?

-Aldair, cadê meu carregador? Vou contar até três...
-Toma.
-Do celular imbecíl!

Gira o globo dos nomes. Apreensão no ar, todos esperam com olhos vidrados mais um batizado. Dessa vez o objeto escolhido a Deus dará para ser intitulado é uma mesinha que fica ao lado da cama. E vem os nomes... A moça que gira o globo num sorriso falso de modelo é assistida pela sua família que toda orgulhosa está no sofá da casa da vizinha se gabando em algum interior (-Minha filhota é linda!)

Eis que algo acontece, 3 bolinhas com os benditos nomes se engafiam e ficam presas. Criado, Mudo e Péricles. "E agora?" perguntam os telespectadores. A bolsa despenca, Imediatamente se criam comunidades do orkut; Eu me chamo Péricles (orgulhosos, não sei com o quê) logo os mudos reividicam alvorecidos num ensurdecedor silêncio.

Derrepente para a surpresa de todos "Péricles" se solta, e o globo é girado mais uma vez.
TEMOS UM NOME. Grita o narrador. Mudo-criado...
Silêncio na platéia, logo o diretor do programa grita no seu ponto-eletrônico: "Pô desfaz, desfaz... Fala criado-mudo".

Em breve teremos cursos superiores, pós, mestrados em Ciência dos Nomes. Talvez aí sim, poderíamos dormir tranquilos ao lado de uma criada-gostosa.